O Regimento de Artilharia N.º 4, sedeado no concelho e cidade de Leiria, que integra a Brigada de Reação Rápida do Exército Português, assinala hoje o seu 93.º aniversário de vida.
Nas atuais instalações desde 01 de maio de 1975, que outrora albergaram o Regimento de Infantaria N.º 7, foi neste dia 29 de junho do ano de 1927 que, por Decreto-Lei, foi concedido pela primeira vez à cidade de Leiria um Regimento de Artilharia, facto que originou que por despacho de 19 de fevereiro de 1990 de S. Exa. o General Chefe do Estado-Maior do Exército ficasse consagrado como o dia festivo da Artilharia de Leiria.
Em virtude da situação sanitária que Portugal vive no momento não foi possível ao Regimento dar consecução ao plano e programa delineados para marcar publicamente a comemoração de mais um aniversário de existência, quer no cerimonial militar, quer na interação com a região de Leiria e os seus habitantes no âmbito cultural e desportivo, e tão pouco reunir em sã camaradagem e convívio, os militares, ex-militares e civis, que servem e serviram a Artilharia e o Exército portugueses na Artilharia do Lis.
Com a maior simplicidade e elevação, absoluta dignidade e sobriedade, e efetivo presente mais reduzido, o Regimento de Artilharia N.º 4 assinalou o seu 93.º aniversário com a execução da Cerimónia do Hastear da Bandeira Nacional na Parada Sargento António Martins, e posteriormente com a Cerimónia de Homenagem aos Militares já falecidos, na Parada General Barros Rodrigues defronte do Monumento aos Mortos.
O cerimonial concluiu-se com a condecoração de dois militares.
O último ano de atividade do Regimento de Artilharia N.º 4, e consequentemente da Unidade Operacional que tem o dever de aprontar para a Brigada de Reação Rápida, o Grupo de Artilharia de Campanha 10,5 Rebocado, não foi naturalmente concluído na plenitude como planeado, programado e preparado, devido à situação pandémica, mas foi possível, no máximo dos constrangimentos, realizar formação interna, planear e executar treino operacional e consequente participação em exercícios do escalão superior, incluindo a nível internacional, participar em atividade operacional no âmbito do Plano de Apoio Militar de Emergência do Exército, promover a divulgação da prestação do serviço militar e do conhecimento do Exército, das Forças Armadas e da Defesa Nacional, cuidar sanitariamente dos militares da região, em particular os do Exército, cumprir Missões de Apoio ao Desenvolvimento e Bem Estar das populações, entre outras missões, que estão, ou foram cometidas ao Regimento, como é exemplo a missão diária de uma Secção de Honra no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na localidade da Batalha.
A partir do dia 16 de março a atividade do Regimento fluiu quase por inteiro para o esforço do Exército e das Forças Armadas no apoio às Autoridades Nacionais no combate à COVID-19, em conformidade com diretivas superiores, desde logo com o reforço do Agrupamento Sanitário com algumas Praças, e do Hospital das Forças Armadas com uma Oficial Técnica de Saúde no Pólo do Porto, e uma Praça Socorrista no Pólo de Lisboa.
Para os FORTES e LEAIS tem sido mais uma missão, mais um desafio, uma oportunidade de reinvenção na ação, e que passou por cedência de equipamentos e materiais a diversos municípios, pelo aprontamento e apoio à operação de um Centro de Acolhimento para apoio ao Serviço Nacional de Saúde, pela constituição de Equipas de Desinfeção e Equipas de Sensibilização e Demonstração de Desinfeção, que realizaram sensibilização e formação em escolas e mais recentemente em estabelecimentos prisionais, e pela constituição de um Centro Logístico e consequente distribuição de equipamentos e materiais em estabelecimentos de ensino.
Dando mais uma vez corpo à sua divisa, os militares e trabalhadores civis do Regimento, voltaram a cultivar com intenção e perseverança a força de ânimo para cumprirem com lealdade.